Edições

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A vida antes do tempo: mitos xinguanos sobre as origens de um mundo dividido

Trabalho apresentado no seminário Mitos Cosmogônicos, no CBPF, Rio de Janeiro, agosto de 2013. Eu gostaria de apresentar aqui uma reflexão que se desdobra em dois sentidos: num primeiro momento vou apresentar uma espécie de síntese sobre a mitologia xinguana que trata das origens do mundo, mostrando que essa ideia de origem é bastante problemática…

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As leis da física e a criação do mundo

Uma das mais estranhas novidades que a ciência produziu no século XX foi a esperança de produzir uma história completa do universo, envolvendo principalmente sua etapa mais formidável e atraente, a sua origem.   Há algum tempo assisti a uma peça teatral na qual três físicos discutem questões fundamentais. Ao longo da encenação vamos conhecendo…

O Empirismo Transcendental e a Cosmologia Física

Guiados pelo farol na noite escura1, buscamos permitir que a diferença possa ser expressa como primeira e não mais submetida à identidade dos conceitos na representação. Diferença não é diversidade. Diversidade é dada, mas diferença é aquilo pelo qual o dado é dado, aquilo pelo qual o dado é dado como diverso. A representação inaugurada…

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Editorial

Chegamos a mais uma edição de Cosmos & Contexto. Seguindo o objetivo fundador desta revista, o de criar um ambiente de diálogo entre diferentes áreas conhecimento (ver em: A Revista), apresentamos neste número textos de autores de origens distintas: um antropólogo, um historiador e um cosmólogo. Começamos pela conferência Dois ou três platôs de uma…

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Dois ou três platôs de uma antropologia de esquerda

  Conferência apresentada na Mesa de Abertura “Etnografia e Antropologia da Ciência e da Tecnologia: etnografia (não ciência?) da ciência (conhecimento habitado? experiência narrada?)” — organizada por Suely Kofes e Daniela Manica, e contando, ainda, com a participação de Otávio Velho — da IV Reunião de Antropologia da Ciência e da Tecnologia (IV ReACT), realizada…

Eu não sou rei de consciências humanas

  Quando o soberano da Polônia, Miezszko I se converteu ao Cristianismo e proclamou a religião como a oficial do Estado em 966, enfrentou resistências, embora, ao longo deste século IX, sua prática se propagasse pelos territórios polacos. Oitenta anos depois da conversão oficial, os filhos e os netos de Miezszko I, que foram obrigados…

Jogos da Natureza – Parte V – Capítulos 9 e 10

  CAPÍTULO 9: Jogo da Dicotomia Maria Luísa pensava distraidamente no modo pelo qual o dr. Luís havia preparado a lista de convidados para a festa em homenagem ao professor Ulpiano. Ia ser uma bela mistura de colegas físicos com seus companheiros filósofos. Ela estava orgulhosa de si pois a razão desta reunião não era…

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Os Mil Nomes de Gaia

Este mês o Rio de Janeiro abrigará o encontro Os Mil nomes de Gaia: do Antropoceno à idade da Terra. Organizado por um grupo de antropólogos e filósofos do Rio de Janeiro, o colóquio trará pensadores de diferentes partes do Brasil e do mundo para discutir acerca do momento de crise que vivemos hoje no…

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O sentir do universo: diálogos entre filosofia, fé e ciência

O Programa de Estudos Avançados (IDEA-ECO/UFRJ) convida para o Encontro: História Filosofia Religião: Conversações 4   Após três edições, a organização do Encontro História Filosofia Religião identificou a importância e a necessidade de trazer de volta para as conversações a ciência, evidenciando suas relações com a verdade, a eficácia e as simulações, bem como as…

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Editorial

Neste número apresentamos textos sobre literatura, filosofia, artes plásticas e ciência. Começamos com o capítulo XII do livro A Teoria da Não Conceitualidade do filósofo alemão Hans Blumenberg. O livro foi recém publicado no Brasil, e traduzido pelo teórico de literatura Luiz Costa Lima.  Seguimos com a introdução de Luiz Costa Lima para este mesmo…

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Fernando Zarif, uma obra a contrapelo

por Angela de Almeida, Bia Lessa e Maria Borba   “Fernando é único no plural” Lenora de Barros A frase, da poeta e artista plástica Lenora de Barros, é talvez a mais sintética, poética e perfeita tradução da trajetória artística e humana de Fernando Zarif (São Paulo, 1960-2010). Criador compulsivo, dono de uma cultura e…

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Teoria da Não Conceitualidade – Introdução

Trecho da introdução escrita para a tradução brasileira do livro Teoria da Não Conceitualidade de Hans Blumenberg**. – – – – – Embora eu próprio não pretenda conhecer a inteireza da obra do autor, por certo, a obra mais famosa de Blumenberg, A legitimidade dos tempos modernos1, é um confronto explícito com os que se…