Cosmos e Contexto 27

Nicolau de Cusa: da metafísica à cosmologia
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Nicolau de Cusa: da metafísica à cosmologia

Reedição do artigo original de 2016 O nome de Nicolau de Cusa é pouco conhecido fora do círculo dos especialistas, mas ganhou um lugar de destaque entre estudiosos da história das ciências, quando autores como Koyré, Nagel e Kuhn o aproximaram da revolução na astronomia operada por Copérnico no final do século XVI.[1] Embora, como…

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Editorial 27

Durante o ano de 2013 Cosmos e Contexto publicou as palestras apresentadas na Conferência Mitos Cosmogônicos. Em 2015 continuamos a organizar Conferências internacionais reunindo cientistas e pensadores de vários outros saberes, em dois eventos: GR100 in Rio: uma conferência celebrando o centenário da teoria da relatividade geral (27 a 31 de julho); Renascimentos: Cosmologia, Natureza,…

Giordano Bruno
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Giordano Bruno

“Em cada homem, em cada indivíduo, contempla-se um mundo, um universo…” Giordano Bruno, universo infinito e finitude humana.   No contexto histórico e intelectual que costumamos designar como revolução copernicana, o filósofo Giordano Bruno (1548-1600) oferece argumentos decisivos para a transformação conceitual da cosmologia na Renascença. Suas posições representam uma crítica radical ao pensamento cosmológico…

O infinito e as formas físicas
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O infinito e as formas físicas

Quando perguntado sobre se preferia ter nascido ou não, Anaxágoras respondeu, sem hesitar, que preferia ter tido essa experiência de vida. E por quê? “Para poder admirar o cosmos.”   Preâmbulo Em uma série de palestras, organizada ao longo de 2014 pelos professores Ana Luisa Nobre e Antonio Sena no Departamento de Arquitetura da PUC/RJ…

Nicolau de Cusa: da metafísica à cosmologia

Nicolau de Cusa: da metafísica à cosmologia

O nome de Nicolau de Cusa é pouco conhecido fora do círculo dos especialistas, mas ganhou um lugar de destaque entre estudiosos da história das ciências, quando autores como Koyré, Nagel e Kuhn o aproximaram da revolução na astronomia operada por Copérnico no final do século XVI.[1] Embora, como veremos, suas concepções astronômicas estivessem distantes…

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Renascimentos: do resgate da Antiguidade à emergência de um saber híbrido

“Em êxtase estamos. Embriagados sim, mas de um vinho que não se colhe na videira; O que quer que pensem de nós em nada parecerá com o que somos. Giramos e giramos em êxtase. Esta é a noite do sama Há luz agora.” Rumi Nossa era emerge de uma longa jornada dos saberes. O que…

Natureza e cosmologia em Maquiavel: entre o fatalismo e a autonomia da história*
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Natureza e cosmologia em Maquiavel: entre o fatalismo e a autonomia da história*

Vamos começar por um esclarecimento acerca do título: ele poderia induzir-nos à ideia de que estaria pressuposta a existência de uma concepção cosmológica plenamente elaborada em Maquiavel. Seria um equívoco. Não existe na obra de Maquiavel algo como uma cosmologia perfeitamente coerente e elaborada. Mesmo assim, é possível sintetizar sua concepção a esse respeito a…

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Maquiavel: do cosmos medieval ao renascentista, a fortuna e as circunstâncias da liberdade

Se procurássemos pela origem do termo fortuna, depararíamos talvez com um momento histórico tão antigo quanto a própria origem da filosofia, talvez até mais antigo que ela. Nota-se uma grande quantidade de significados assumidos pelo termo. Thomas Flanagan, ao investigar a questão, apresenta uma lista de “usos” que podem, em contextos específicos, ser pensados como…

Cosmologia em Maquiavel?

Há, nos escritos teóricos de Maquiavel, um conjunto de enunciados envoltos em roupagens naturalistas e que, por isso mesmo, parecem apontar para os vínculos do autor do Príncipe e dos Discursos sobre a Primeira Década de Tito Lívio[1] com uma filosofia da natureza e, daí, com uma cosmologia. No capítulo de um livro[2] não tão…

Montaigne e a justiça no Renascimento: a física e a metafísica do eu
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Montaigne e a justiça no Renascimento: a física e a metafísica do eu

Antes de abordar propriamente meu tema, em um evento como este, em que a física ocupa um lugar central, devo dizer que, em geral, não encontramos em Montaigne uma física (nem uma metafísica), a não ser nos termos montaignianos em que o estudo de si mesmo constitui o núcleo dinâmico: “Estudo a mim mais do…

Glória e vanitàs nos Ensaios de Montaigne

Não por acaso Montaigne recai com frequência ao longo de seus Ensaios no universo das questões morais; imagens, sententia e exempla tradicionalmente vinculados à tópica clássica da ambição de glória – gloria cupiditas. Na Advertência ao leitor, a título de proêmio, define o projeto de sua escrita contrapondo-se à intenção de servir à edificação moral…

Rumo à Terceira Revolução Copernicana

 “O que constitui o interesse principal da vida e do trabalho é que eles lhe  permitem tornar-se diferente do que você era no início”. Foucault.   Em decorrência da concepção de tempo adotada[1] montaremos um diagrama onde singularidades identificadas por nomes próprios (Platão, Aristóteles, Cristianismo, Descartes, Kant, Espinosa, Nietzsche, Bergson, Foucault e Deleuze) marcam mutações…