Odisséia
“A arrogância fecha os olhos para a realidade.”
Ernesto Sabato
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(…) antes de mais nada, ordenou ela que evitássemos a divina voz das Sereias e seu florido prado; ordenou que apenas eu as ouça. Mas que seja eu atado com fortes laços, de modo que permaneça imóvel, de pé, junto ao mastro, preso por cordas. Se vos implorar e ordenar que me solteis, apertai-me com ainda mais laços (…)
(…) e eles amarraram minhas mãos e pés, permanecendo eu em pé junto ao mastro, atado por cordas (…)
(…) então elas cantaram, e suas vozes magníficas inundaram-me o coração com o desejo de as ouvir, e, com um movimento das sobrancelhas, ordenei meus camaradas que me soltassem; eles, porém, curvaram-se sobre seus remos e continuaram a remar (…)
Homero, Odisséia, Livro XII