Detalhes do evento
O vazio, apesar de ser um termo usual, sempre desafiou a imaginação e o pensamento humanos. Desde as provocações do zen, adentrando a longa jornada de criação do número zero, compartilhando o horror vacui da pintura barroca e chegando até à surpreendente teoria do vazio quântico na física, o mistério do vazio se instaura em vários campos do saber indo até às origens do cosmos.
Ouçamos, por exemplo, o que diz o cientista:
Como construir um cosmos? Digamos que temos o vazio. Comecemos então pelo vazio.
É preciso qualificá-lo: que vazio é esse? Vazio de matéria, vazio de energia, vazio de espaço ou vazio de tempo?
E, mais adiante, ao explorar, esse espaço-tempo que se curva sobre si, devemos olhar com cuidado esse vazio completo sem curvatura, plano, liso homogêneo, isento de rugosidade ou de forma, sem lugar especial, sem lugar.
Para então adentrar esse cenário à procura desse vazio e provocar, com esse movimento, uma inesperada hierarquia de vazios.
Em seguida, em uma imitação de Deus, nessa construção laboriosa de um mundo, esclarecer se a algum deles (ou a todos) podemos apontar o dedo e anunciar: esse vazio existe!
Enfim, exibir o que dali, daquele vazio, que tipo de substância, matéria ou espaço-tempo, poderá surgir.
A revista Cosmos e Contexto, convida a participar desse simpósio sobre o vazio que será abordado sob vários aspectos na filosofia, na espiritualidade, na ciência e nas artes.
ARTE: Paloma Carvalho
COSMOLOGIA: Mario Novello
INTERDISCIPLINARIDADE: Nelson Job
ESPIRITUALIDADE: Francisco Mourão
FILOSOFIA: Flavia Bruno
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