Editorial
Cosmos e Contexto tem procurado ser um lugar de reflexão múltipla e aberto aos mais diferentes temas. A revelar nossa origem, uma boa parte de nossa atenção é dedicada aos aspectos científicos dessas reflexões, e mais especificamente à Cosmologia. Tentamos nos afastar de alguns tópicos, como a política, a não ser em alguns momentos relevantes como as revelações do Ministro Roberto Amaral sobre alguns entraves formais ao progresso das atividades espaciais em nosso país.
Em certas ocasiões deixamos um peso enorme cobrir nossas páginas. É difícil manter a leveza que Calvino, entre outras propostas, requeria para a literatura.
Começamos hoje nossa caminhada rumo ao Evento de 29 e 30 de Agosto desse ano de 2013, sobre os diferentes modos de criação do mundo que os homens produziram ou o que costumamos chamar Mitos Cosmogônicos de Criação. Iremos apresentar seguidamente alguns desses mitos. Nesse número apresentamos um fragmento de um texto dos pensadores franceses S. Sauneron e J. Yoyotte sobre o modo pelo qual antigas civilizações do vale do Nilo, onde hoje é o Egito, descreviam o mundo antes da criação.
Em outra seção, o psicólogo Franklin Chang nos apresenta à sincronicidade que identificamos, no século XX, a C. G. Jung. Essa questão foi tema do diálogo que Jung manteve por um longo período (de 1932 a 1958) com o famoso físico Wolfgang Pauli. Cosmos e Contexto irá apresentar em número próximo alguns comentários sobre essa correspondência.
Em literatura, teremos os desdobramentos do silêncio criador de João Cabral e um conto-poético de M. Novello.
Rio de Janeiro, 24 de abril, de 2013.
os editores.